Dia 24 de  fevereiro de 1926, nascia, em Taubaté, Darcy Albernaz, filho de Emanoel de Albernaz e Benedita de Albernaz. Uma estrela que, mais tarde, iria brilhar na arte literária.

Desde cedo, aos 10 anos de idade, começou a trabalhar com seu pai, que era comerciante. Em 23 de fevereiro de 1952, casou-se com Dilma Pereira Albernaz. Dessa união, nasceram três filhos: Denise, Daniel e Dione.

Darcy Albernaz cursou o primário, no Grupo Escolar Dom Pereira de Barros, em Taubaté; o curso ginasial, no Ginásio do Estado de Taubaté; o Curso de Contabilidade, no Colégio Comercial de Taubaté.

O Curso de Magistério, na Escola Normal Oficial, em Marília-SP. Cursou até o 4º ano, o curso de Direito, na Universidade de São Paulo.

A sua carreira profissional, iniciou em Marília, em 1951, quando aos 25 anos, prestou concurso na Caixa Econômica Federal. Após, em 1955, transferiu-se para Mogi das Cruzes, sendo um dos implantadores da nova agência, então criada, e onde trabalhou durante 20 anos até aposentar-se como Gerente da Agência Tucuruvi, na região norte da cidade de São Paulo, em 12 de setembro de 1978.

Especialista, no Curso de Matemática, foi Professor durante 30 anos, dando aulas particulares, preparando alunos para concursos, exame de Madureza, tornando-se conhecido por todos, nas escolas da região.

Tornou-se jornalista filiado à Associação Paulista de Imprensa, colaborando com vários jornais e revistas. Escrevia crônicas, contos e poesias. Foi sócio do Centro Mello Freire de Cultura de Mogi das Cruzes, e pertencia à União Brasileira de Trovadores. Colaborou com os seguintes órgãos:

     - “CTI Jornal”, órgão interno da companhia Taubaté Industrial, onde trabalhou, em 1945.

     - “A Voz do Vale do Paraíba”, de Taubaté;

     -“O Correio de Marília”, da cidade de Marília, SP;

     -“Revista Alterosa”, com vários contos publicados e premiados;

     - Durante 10 anos, manteve uma coluna diária de crônicas, sob o título de “O Calcanhar de Aquiles”, no jornal “A Tribuna” de Taubaté, de 1957 a 1967;

     -“O Diário de Mogi”, onde publicava crônicas diárias, durante 20 anos.

     -  Colaborava, também,  com o “Diário de Taubaté”.

Seu nome está registrado:

     -“Dicionário de Autores Paulistas” – de Luiz Correa de Mello;

     -“Poetas do Norte de São Paulo”, do seu amigo Inocêncio Candelária;

     - “Coletânea Mogiana” – de José Veiga;

     -“Florilégio Mogicruzense I e II”;

     -“ Lira de Dez Cordas”;

     - Poetas e Prosadores de Taubaté – obra da Acadêmica Drª Thereza Freire Vieira – p.56 a p.59.

     - Portais de Taubaté – de Yves Rudner Schmidt, Maestro e Acadêmico da Academia Taiubateana de Letras;

     - Contribuição à História de Taubaté – de Umberto Passareli;

     - Lyricas Taubateenses III – de Yves Rudner.

Um dos seus passatempos,era praticar o “pingue-pongue” de trovas com outros trovadores brasileiros, entre os quais, Inocêncio Candelária, Diva Candelária, seu grande amigo José Dias Monteiro, Vasques Filho, Deloi Canalles, João Nogueira Netto, entre outros poetas ilustres.

Correspondia com mais de 60 poetas e trovadores de todo Brasil.

Darcy Albernaz acumulou inúmeros diplomas e troféus ao vencer quase todos os concursos que participava. Um deles, foi a trova intitulada “O violino”:

          Relembrando o velho Fêgo

          com seu mágico violino,

          às minhas raízes chego,

          transformando-me em menino.

Os seus sonetos retratavam o amor pela família, a infância querida e a admiração por Monteiro Lobato.

Entre os sonetos, vale a pena ressaltar, “Minha família”, composto em 08/01/88 – Mogi das Cruzes; ”Velho álbum”, composto em 10/02/1988; Monteiro Lobato, composto em 09/01/88 e “Velha casa sem acabamento”, este último figura na página 77, do livro “Portais de Taubaté” e também na página 25, do livro “Lyricas Taubateenses III, ambos escritos pelo Acadêmico (ATL), Maestro, Escritor e amigo, Yves Rudner Schmidt.

Darcy Albernaz, ao longo da sua vida, tornou-se admirador do pianista e compositor taubateano, Yves Rudner, desde quando foi aluno de datilografia da Professora Lydia Rudner Schmidt, na Escola Remington de Taubaté ( a 1ª da cidade, oficializada, em 1930), da qual era proprietária –fundadora.

No “Diário Mogi das Cruzes” (06/09/1960), em “ O Calcanhar de Aquiles”, publicou as atividades artísticas de Yves Rudner Schmidt (recitais, palestras e exposições), na Europa (anos sessentas). No jornal “A Tribuna”, em 09/01/1960, na Coluna Indicador Geral, publicou: Um Concerto Brasileiro na Alemanha, que foi a maior consagração artística do Maestro.

Na coluna “O calcanhar de Aquiles”, no Diário de Mogi das Cruzes, em 06/09/1960, publicou: Nossa Música na Europa, escrevendo em detalhes, o 1º aniversário de excursão do Maestro Yves Rudner, pela Europa. Esse texto também foi publicado no jornal “A Tribuna”, de Taubaté, no dia 31/08/1960.

No dia 17/10/1962 – “A Tribuna” fez mais uma homenagem ao Maestro, saudando a sua volta depois de longa temporada, no exterior.

Fez uma crônica e uma poesia em  homenagem a Oswaldo Barbosa Guisard. Poesia intitulada “No sertão”. Escreveu sobre Dias Monteiro. Ver Livro Poetas e Prosadores de Taubaté da Acadêmica Drª Thereza Freire Vieira - p.59.

No dia 24/06/1964 – na coluna “Calcanhar de Aquiles” - escreve sobre o projeto do vereador Waldomiro Berbare, no sentido de oficializar o Hino de Taubaté, letra do poeta João Dias Monteiro e música do Maestro Pires.

No jornal, “A Tribuna”, em 05/07/1964, escreveu sobre o concurso do Hino, aprovando a decisão da  comissão escolhida  para decidir sobre o hino em questão. A comissão foi a  mais representativa da cultura literária e musical da cidade: Cesídio Ambrogi, Gentil de  Camargo e Yves Rudner Schmidt que, levados pelos princípios democráticos, decidiram que se fosse feito um amplo concurso com a participação de outros autores.

Desse modo, houve um concurso municipal que aprovou outro Hino.

Darcy Albernaz foi um exemplo de bondade, integridade, honestidade e generosidade. Procurou sempre exaltar seus amigos, os seus feitos artísticos, nas suas colunas, em diversos jornais.

Darcy Albernaz faleceu em Mogi das Cruzes, no dia 06 de maio de 1989, com 63 anos, sendo sepultado no Cemitério Municipal de Taubaté.

Com todo esse histórico, merecidamente, o Projeto de Lei nº17 - 1991, da Câmara Municipal de Taubaté, deu o seu nome a um dos logradouros públicos da cidade: “Avenida Darcy Albernaz” que fica entre a Avenida Charles Schneider e a Rua Edmundo Morewood.

Seu grande amigo e admirador, João dias Monteiro, fez-lhe uma homenagem, na “Voz do Vale”, em 13/05/1989, com o título: Falando de Darcy Albernaz e, em “O Taubateano”, de 11 a 17/05/89.