Maria de Lourdes Prata Garcia (Lóla Prata) - MEMBRO CORRESPONDENTE DA ATL - Empossada 26/05/2024

 

Currículo pessoal atualizado em 2 de março de 2024

Aos 34 anos de idade Lóla chega em Bragança Paulista (1974), vinda de Santos, local de nascimento em 1940, após passar por Adamantina, Lucélia e São José dos Campos, todas no estado de São Paulo. Veio sob a égide do Banco do Brasil que transferia seu marido Miguel Garcia Alves quando havia necessidade de mover ou preencher o quadro funcional das agências. 

A família de 7 filhos logo adaptou-se à região serrana de Bragança, conhecida como cidade da linguiça e também como Cidade Poesia. Este último cognome a encantou e despertou a curiosidade sobre a musa em questão.

Estudou, pesquisou, conversou, leu, releu e trocou ideias através de e-mails ou cartas com Humberto Del Maestro (ES), Mardilê Friedrich Fabre (SC), Genilton Vaillant de Sá (ES), Carlos Fiore (SP), Abel Beatriz Pereira (PR), Paulo Camelo (SP) e muitos, muitos entendidos mais.

Não só aprendeu os macetes misteriosos dos versos clássicos como dos contemporâneos, como resolveu treiná-los compondo nas diversas técnicas e ainda, repassar o conhecimento aos confrades da Associação de Escritores -ASES- que havia idealizado e fundado com um grupo de escritores locais, em 1992. Concebeu então o compêndio E EU SEI FAZER VERSOS?.

 

Daí, aparece a paixão pelas rimas e surge o Dicionário ARRIMO, hoje com 1747 terminações que geraram 70.100 verbetes rimados.

Até então, só apreciava versos brancos, soltos, livres.

 

Em paradoxo, nessa época, encantou-se também com o estilo da trova, tão apertadinha nas regras, tão majestosa na simplicidade e objetividade de conteúdo. Iniciou a seção Bragança Paulista da UBT -União Brasileira de Trovadores-, com cerca de 20 adeptos, em 2007.

A par dessa descoberta e desse mergulho no universo (em expansão) da Poesia, Lóla se vê cada vez mais devotada à Igreja Católica; mas como conciliar o tempo para a fé, o marido, os 7 filhos e os escritos?

Colocou a poesia a serviço da fé e a fé para suportar os embates que apareciam, como a morte de Renata (6ª filha) e, depois de alguns anos, de Pedro (7º). A literatura entra como especial desabafo da poetisa que transforma a tristeza e frustração em belas letras, derivando-se do quadro negro do luto para as luzes da ressurreição, nas alegrias de publicação de livros e mais livros.

Seus textos em prosa também já mereceram prêmios em concursos nacionais e internacionais (Portugal, Itália, Guatemala, Timor Leste) assim como as criações poéticas, cerca de 155 vezes. Têm certa valia no trabalho de evangelização a distância.

Sem grande formação acadêmica, apenas diploma de magistério primário ou fundamental, já foi convocada, por notável saber, para ministrar aulas e oficinas em Faculdades de Letras, Academias, Associações, Secretarias de Cultura e congêneres, quando experimenta inusitada realização pessoal. Recebeu algumas homenagens oficiais e títulos na área cultural.

Mora na Chácara Sétima Morada há 40 anos, no silêncio do campo, enviuvou após 59 anos de casamento, em 2019.

Vai para o bulício da cidade nas poucas reuniões sociais diurnas e nas tertúlias vespertinas. À noite, curte uma boa velhice unida a Deus, aos correspondentes do computador, nos volumes do leitor digital, no smartphone, nos filmes e noticiários da televisão e nos programas literários.