Nasceu em Caçapava-SP, filha de Trajano Álvaro Pereira e Francisca Moura Luz Pereira. Grande parte de sua vida foi passada em Taubaté-SP, onde cultivou um grande número de amigos.

Sua maior paixão foi a música. Desde criança gostava de cantar. Tinha uma voz maravilhosa, de soprano, e aos sete anos de idade começou os estudos de piano, instrumento que a acompanhou durante toda sua vida.

Nos anos quarenta, ainda em Caçapava, quando sentia vontade de cantar, ela mesma se acompanhava ao piano. Durante a noite, passava horas cantando e a beleza de sua voz atraia os que passavam em frente a sua casa, que paravam para ouvi-la. 

Fez exame de seleção para cursar o Conservatório Paulista de Canto Orfeônico, tendo sido muito aplaudida pelos professores examinadores, quando se apresentou cantando e se acompanhando ao piano. Porém, não pode se dedicar à carreira lírica, como desejava, pois pertencia à uma família muito conservadora.

Assim, para dar vazão à sua grande sensibilidade musical, optou em ser professora de música. Formou-se pela Escola Normal de Taubaté. Diplomou-se em Canto Lírico pela Escola de Música e Artes Plásticas "Maestro Fêgo Camargo", em Taubaté, e especializou-se em História da Arte em Sevilha, Espanha.

Foi professora de Canto Orfeônico e Educação Artística, nos Colégios Estaduais de Cafelândia, Pederneiras e Taubaté, aqui lecionando na Escola Estadual de 1º e 2º graus Monteiro Lobato. Ainda , em Taubaté, lecionou Música no Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho, no Curso Primário, anexo à Faculdade de Filosofia de Taubaté, e Educação Artística na Escola de 1º Grau Dom Pereira de Barros.

Foi casada 40 anos com João Quintanilha, pessoa também dedicada às artes musicais, que muito colaborou, motivou e a incentivou para que desenvolvesse a aptidão pela música e também pela literatura ( poesia).

Colaborou na Página Literária do jornal A Voz do Vale e no boletim " O Burro", do Clube dos 21 Irmãos Amigos, de Taubaté.

Compôs várias melodias, inclusive o Hino do Cinquentenário da EEPSG Monteiro Lobato, Hino do Centro de Convivência da Terceira Idade e o Hino da Escola "Álvaro Marcondes de Matos".

Descobriu a Trova, modalidade literária que se transformou em sua grande companheira, nas horas de solidão, e que lhe trouxe vários prêmios em concursos de âmbito local e nacional. Podemos ver, na entrada do Mausoléu dos Pracinhas de Taubaté, que lutaram na Segunda Guerra Mundial, construído no Cemitério Municipal de Taubaté, uma placa com a trova de Maria de Lourdes, vencedora do concurso organizado pela União dos Combatentes de Taubaté:

                                        

                                         Dentre os toques da caserna,

                                         o de silêncio é o mais triste,

                                         pois chora a saudade eterna

                                         de alguém que não mais existe.

 

Pertenceu às seguintes organizações literárias: Clube de Trovadores Capixabas, UBT-Seção de Taubaté, Academia de Trovadores da Fronteira Sudoeste-RS, Academia de Letras de Uruguaiana-RS, Academia Anapolitana de Letras- Anápolis-GO, Academia Goianense de Letras-GO, The International Academy of Letters of England.  Após seu falecimento, ocorrido em 1997, aos 73 anos de idade, foi escolhida para Patrona da Cadeira nº 40 da Academia Taubateana de Letras (ATL) quando fundada em 1999.

Além de Trovas, escreveu muitos Poemas e Sonetos, os quais se encontram elencados no livro POESIA EM SOL MAIOR, escrito por seus parentes José Álvaro Luz Pereira e Lélia Luz Pereira Farina.